“Alô, telefonista?”: hoje é Dia da Telefonista, uma função que é indispensável para o atendimento na Rodoviária

“Alô, telefonista?”: hoje é Dia da Telefonista, uma função que é indispensável para o atendimento na Rodoviária

Suélen de Souza é uma das telefonistas da Rodoviária de NH

Hoje, 29, é o Dia da Telefonista e a Rodoviária Normélio Stabel, de Novo Hamburgo, conta com este trabalho que é indispensável para manter o seu funcionamento. São três as teleoperadoras da Rodoviária e, para quem liga, elas são mais conhecidas pela nomenclatura popular de ‘telefonistas’. Elas atuam divididas em escalas de seis horas diárias e prestaram concurso público para atuar nesta função que é necessária para a comunicação com o público, mas que, muitas vezes, é desvalorizada por ele.
 
Elas não somente repassam as ligações, mas orientam, sanam dúvidas sobre os horários de ônibus, informam sobre os valores das passagens e dão informações pertinentes sobre os demais serviços prestados. Ramona Longhi, 28 anos, Andréia Ott, 35 anos e Suélen de Souza, 24, trabalham há quatro anos nesta atividade e elas consideram que, para atuar nesta área, tem que ter perfil – não é para qualquer uma, pois é algo que exige muita sensibilidade.
 
E essa empatia, Andréia mostra que tem de sobra. “Eu gosto de ouvir as pessoas. Muitas ficam por longos minutos conversando comigo, falando sobre seus problemas… desabafam”, afirma ela, que adora o seu trabalho, apesar de, às vezes, considerar um pouco cansativa a repetição de informações ao longo do dia.

Andréia Ott
Andréia Ott

 
As telefonistas estão acostumadas a receber elogios nos atendimentos, graças as resoluções rápidas de problemas envolvendo usuários da Rodoviária. Porém, sempre surgem os ‘estressadinhos’ que acabam descontando nelas os seus desafetos. “É fácil conviver com isso se você souber separar. Não podemos levar pra casa o que ocorre de ruim aqui. Não se pode deixar afetar. No início é difícil, mas com o tempo, aprendi a lidar”, contou Ramona.


Ramona Longhi
 
Já Suélen conta que é muito diferente atender alguém pessoalmente e via telefone, ela ainda considera que essa profissão deve ter a chance de ser mais valorizada. “Gostaria que todos entendessem como é o procedimento do nosso trabalho, que como qualquer outro, é muito exigente”, salientou.
 
 
'Telefone sem fio'
 
 
Não é só de seriedade que se faz o trabalho das telefonistas da Rodoviária. Elas muitas vezes dão risadas das situações que o atendimento telefônico pode causar. "Às vezes eu atendo: Rodoviária, bom dia, e me respondem: oi, Iara, conta Andréia, sendo esse o mais comum dos casos e que todas já foram chamadas de 'Iara' pelo menos uma vez. Também, já receberam ligações (mais de uma vez) perguntando se vendem cavalos na Rodoviária, ou perguntas sobre qual a cor do assento do banco do ônibus, ou até mesmo, de que lado fica o sol no ônibus. “Nessas horas precisamos ter muito jogo de cintura, mas depois, achamos graça do que aconteceu”, comentou.
 
 
 

28 de Junho de 2018